quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lacunas entre a Lei 10.639 e estabelecimentos de ensino


A Lei 10.639 inclui a temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana no currículo escolar e foi uma das primeiras medidas do governo Lula, em janeiro de 2003. 10 anos depois e embora altere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a lei 10.639, ainda não é conhecida por muitas escolas e apesar de já haver material sobre o tema e de ele ser conhecido por professores e funcionários, por exemplo, ainda não há impacto sobre os alunos. Penso que ainda é necessário formar educadores não somente com conteúdos, mas com uma discussão significativa sobre como o racismo se manifesta na escola, e claro, uma abordagem sobre conceitos e valores que precisam ser resgatados e (re)afirmados no cotidiano escolar.


A África é berço civilizatório da humanidade e conhecer um pouco dessa história é (re)conhecer um pouco da bagagem cultural variada que contribuiu para a história desse país, inclusive para as desigualdades que ainda vivem na nossa sociedade.

 E diante de tudo isso, digo que enquanto educadora e militante do movimento negro, tenho procurado inúmeras formas e possibilidades de respeitar essa lei federal no interior das instituições as quais presto serviço, tanto pública quanto privada, mas fui surpreendida ontem quando fui avisada de que o 20 de novembro não acontecerá na escola, onde desenvolvemos trabalhos durante todo o ano desde 2010, a justificativa seria de que não foi planejada (temática consta no calendário escolar e planejamentos bimestrais) e a programação foi entregue esta semana, ou seja, está tudo pronto, pesquisas, apresentações, palestras e a “entrega da programação” se tornou o empecilho maior. É isso, barreiras impostas mas que certamente serão removidas, pois resistência pra esse povo é DNA.

 #ConsciênciaNegra2013 

 Por Elizangela Almeida - Professora de Língua Portuguesa e Presidente Estadual da UNEGRO - AM



Nenhum comentário:

Postar um comentário