quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lacunas entre a Lei 10.639 e estabelecimentos de ensino


A Lei 10.639 inclui a temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana no currículo escolar e foi uma das primeiras medidas do governo Lula, em janeiro de 2003. 10 anos depois e embora altere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a lei 10.639, ainda não é conhecida por muitas escolas e apesar de já haver material sobre o tema e de ele ser conhecido por professores e funcionários, por exemplo, ainda não há impacto sobre os alunos. Penso que ainda é necessário formar educadores não somente com conteúdos, mas com uma discussão significativa sobre como o racismo se manifesta na escola, e claro, uma abordagem sobre conceitos e valores que precisam ser resgatados e (re)afirmados no cotidiano escolar.


A África é berço civilizatório da humanidade e conhecer um pouco dessa história é (re)conhecer um pouco da bagagem cultural variada que contribuiu para a história desse país, inclusive para as desigualdades que ainda vivem na nossa sociedade.

 E diante de tudo isso, digo que enquanto educadora e militante do movimento negro, tenho procurado inúmeras formas e possibilidades de respeitar essa lei federal no interior das instituições as quais presto serviço, tanto pública quanto privada, mas fui surpreendida ontem quando fui avisada de que o 20 de novembro não acontecerá na escola, onde desenvolvemos trabalhos durante todo o ano desde 2010, a justificativa seria de que não foi planejada (temática consta no calendário escolar e planejamentos bimestrais) e a programação foi entregue esta semana, ou seja, está tudo pronto, pesquisas, apresentações, palestras e a “entrega da programação” se tornou o empecilho maior. É isso, barreiras impostas mas que certamente serão removidas, pois resistência pra esse povo é DNA.

 #ConsciênciaNegra2013 

 Por Elizangela Almeida - Professora de Língua Portuguesa e Presidente Estadual da UNEGRO - AM



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Manaus sedia evento nacional de Relações Internacionais


De hoje, 07, ao dia 10 de novembro, ocorre em Manaus o 47º Conselho Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais - CONERI, braço legislativo da FENERI – Federação Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais. O evento está sendo organizado pelos Estudantes de R.I da Uninorte e pelo Centro Acadêmico do curso, o CARI. A abertura do evento será as 14:00hs no Auditório do ICBEU que fica localizado na Av. Joaquim Nabuco - Centro. 
O CONERI será marcado pela presença do Diplomata de carreira e Político, Arthur Virgílio Neto, que palestrará sobre “A Carreira Diplomática”, e contará ainda com palestrantes renomados como o Superintendente da SUFRAMA, Thomas Afonso Nogueira, que irá palestrar sobre "A Importância da SUFRAMA na Política Externa Brasileira”, e o Msc. Denison Aguiar que proferirá a Palestra tema do 47º CONERI “A Importância do Amazonas na Inserção do Brasil no Cenário Internacional”. O CONERI ocorre 3 vezes ao ano, é um espaço onde todos os lideres estudantis de R.I do Brasil se reúnem para discutir as diretrizes da FENERI. 

Das quarenta e seis reuniões que já ocorreram na história da FENERI, está será a primeira sediada no Amazonas. Nossa gestão que é a fundadora do CARI, uma de nossas principais bandeiras é integrar em contexto nacional o curso de Relações Internacionais da Uninorte, precisamos tornar o CARI e o Curso de R.I da Uninorte cada vez mais conhecido em contexto nacional, felizmente, isso nós estamos conseguindo, a Uninorte finalmente cravou sua bandeira entre os cursos de Relações Internacionais do Brasil, agora nós temos que fazer está inserção nas instâncias da FENERI. Estamos nesta gestão construindo uma força política na Universidade que desempenha um protagonismo que nunca foi visto em um Centro Acadêmico na UNINORTE. Mas ainda há muito a ousar e lutar, por mais eventos acadêmicos, culturais pela integração e manifestação política, artística e cultural entre os estudantes de RI na universidade.


Por RICARDO CHAVES

terça-feira, 29 de outubro de 2013

UBES, 65 anos de rebeldia consequente


No dia 25 de junho de 1948 nascia a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES, entidade que conheceu o terror da ditadura já aos seis (6) anos de idade. Combativa e aguerrida, a UBES lutou ferrenhamente contra a opressão que se instalou no país pelas mãos dos militares. Os anos de chumbo ceifaram a vida de centenas de estudantes e dentre eles, Edson Luiz, Paraense, radicado no Rio de Janeiro e que foi assassinado pelos carrascos da ditadura após protestar contra o fechamento de um restaurante popular. De 1969 à 1980 a UBES foi considera ilegal pela ditadura militar, obrigando os estudantes a organizarem os congressos na clandestinidade, para não abandonar a luta e o movimento estudantil.

Hoje, madura e experiente, com seus 65 anos de idade, a UBES continua se mostrando combativa e sempre a frente do seu tempo. Com conquistas recentes como a aprovação do estatuto da juventude e a destinação de 75% dos Royalties do Petróleo para a educação, a UBES convida os estudantes secundaristas de todo o país para o seu 40º Congresso, marcado para acontecer entre os dias 28 de Novembro e 01 de Dezembro no estado de Minas Gerais.

O Congresso da UBES reúne estudantes de norte a sul do país para definir os rumos do movimento estudantil pelos próximos dois (2) anos, e na oportunidade eleger a nova direção da entidade. Os estudantes se deslocam de suas cidades através de ônibus, trem ou avião, se engana quem acredita que as dificuldades desanimam essa galera. As histórias são muitas, as experiências são ricas e os debates são calorosos e produtivos.

Os guerreiros do Norte.



Como todos sabem, a região norte é formada em grande parte por estados que não possuem estradas que os liguem as demais regiões do país. Para se ter uma ideia, um delegado que reside em São Gabriel da Cachoeira, no interior do Amazonas, e que precisa chegar ao 40º CONUBES, levará 3 dias de barco de são Gabriel da Cachoeira até Manaus, 1 hora de ônibus do Porto de Manaus até o Aeroporto Eduardo Gomes e 4 horas de voo de Manaus até a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. São quase quatro (4) dias de viagem, isso se o rio estiver cheio, caso o rio esteja em seu período de vazante, o tempo de viagem aumenta, chegando a quase 5 ou 6 dias de São Gabriel até Manaus. Lembro-me que os estudantes universitários do Acre, viajaram durante seis (6) dias para chegar ao 14º CONEB da UNE, em Pernambuco.



Conversei com algumas lideranças dos estados que compõem a região norte e que dedicaram um pouco do seu tempo para nos contar sobre suas expectativas e desafios rumo ao 40º CONUBES. 





Pará

 Para a paraense, militante da UJS e diretora de comunicação da UBES, Laura Eli, “Os estudantes no norte do país passam por tremendas dificuldades, e isso demostra ainda mais a vontade de mudar, daqueles que realmente acreditam na escola e depositam seus sonhos nela. Na minha opinião o estudante brasileiro é um guerreiro, nos sofremos todos os tipos de dificuldades, desde conseguir chegar em todas as escolas Ex: Escolas do campo, ribeirinhos, atingir os interiores de uma maneira mais forte é bem difícil!”. 
A líder estudantil que no dia da entrevista estava no Paraná retirando delegados para o congresso, falou sobre o que espera desse 40º CONUBES, “O que esperamos nesse congresso é poder levar a UBES até mais gente. Fazer com que possamos levar esse debate para todas as regiões do pais com muita qualidade.” e disse sonhar com um congresso no norte do país: “Eu acredito que as decisões são coletivas, os lugares precisam ser centrais. Mas eu sonho com uma atividade no norte. Eu acho que a vida é bem dura para essa turma”.


Em conversa com a militante do Movimento Mudança e 2º Vice-Presidente da UBES, Thaís Carneiro, ela afirmou que “Esse vai ser um dos maiores Congressos da história da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. O desafio de irmos para além dele e construir uma entidade e um Movimento Estudantil do tamanho do Brasil e que de estudante para estudante, alcance as vitórias que a educação, a juventude e o povo brasileiro precisam está colocado. Tenho certeza de que a estudantada das escolas brasileiras vai se sair vitoriosa nesse desafio!”.
A estudante que é da cidade de Tailândia, no interior do Pará, relatou um de seus desejos para o movimento estudantil: “Anseio a maior participação de estudantes do Norte e Nordeste, regiões com maiores dificuldades de conseguirem chegar até os Congressos que acontecem tradicionalmente na região Sudeste! Somos a parte do país que tem os problemas sociais mais profundos e visíveis, a qualidade da educação que o diga. Organizar os estudantes para a luta por mais direitos e a garantia dos já conquistados é a missão maior da UBES em seus 65 anos e o 40º Congresso contribuirá muito nesse sentido. Muitos estudantes estão conhecendo, se envolvendo, construindo o movimento estudantil pela primeira vez agora com o processo de tiragem de delegados nas escolas”.

Amazonas


O Parintinense, torcedor do Boi Caprichoso e Vice-Presidente Regional AM/AC/RR/RO da UBES, Matheus Conceição, falou com empolgação sobre os números desse 40º CONUBES: "Minhas expectativas são as melhores possíveis, iremos ter um conubes muito grande onde de fato alcançaremos nossa base. No ultimo congresso chegamos a cerca de 3 mil delegados, já nesse, até o momento ultrapassamos os 10 mil, isso significa um crescimento gigantesco pra nós da UBES que tanto queremos chegar mais a nossa base. Os principais desafios é a nova forma de eleição de delgados onde o estudante é eleito da escola direto para a etapa nacional e para nós do Estado do Amazonas é chegar com nossa bancada ao estado de Minas Gerais”. 

Matheus relata que as dificuldades de acesso da região norte é um fator motivador: “Na verdade isso nos anima, pois quanto maior o desafio maior a vontade de chegar e fazer bonito levando as propostas do nosso estado, apresentar a realidade e peculiaridades de nossa região e apresentar soluções”, enfatizou.


Atualmente a UBES é presidida pela aguerrida pernambucana Manuela Braga, mas é do Amazonas o presidente que antecedeu a linda pernambucana. Yann Evanocik, amazonense, eleito presidente da UBES em 2009, também conversou conosco sobre sua gestão na entidade: "Fui Presidente da UBES durante o período de 2009 a 2011, um momento de muita luta política, conquistamos a PEC da Juventude, 50% do Pré-Sal para a Educação, o Programa Nacional de Expansão do Ensino Técnico - PRONATEC, Fim do fiador no FIES, Fórum Nacional de educação e realizamos muitas passeatas pelo Brasil a fora. Tenho orgulho de ter sido o segundo amazonense a presidir essa entidade tão importante para o nosso país e espero de alguma forma ter ajudado a construir a luta dos estudantes. Nesse 40º CONUBES com eleições diretas os secundaristas tem um grande desafio, o congresso tende a aumentar e ser mais participativo. Para o Amazonas, fazer com que mais 300 estudantes participem desse espaço de debate, se torna ainda maior, já que em nosso estado, nossas estradas são rios. Mas acredito muito no esforço dessa nova e vibrante geração de estudantes e sei que vão se dedicar ao máximo para garantir uma grande delegação para esse Congresso Histórico".

Yann retornou para o Amazonas no final de 2011. Em 2012 foi candidato a vereador pelo PCdoB em Manaus, sendo o 4º candidato mais votado em sua legenda. Obteve uma votação histórica e expressiva da classe estudantil manauara. 

Amapá


Rafael Serra, coordenador estadual de movimento secundarista da Kizomba, afirma que: “O congresso da UBES é o momento máximo de debate do movimento estudantil secundarista de todo o Brasil sobre os rumos da educação brasileira e de nossas lutas, logo é de extrema importância à presença de nós que construímos na base o movimento. Espero que o congresso não se foque somente na polarização entre as forças que disputam a hegemonia dentro da entidade, a construção de movimento estudantil deve ser dialética e democrática, espero que os estudantes presentes no congresso consigam definir uma agenda de lutas que corresponda as necessidades do movimento, que comungue a luta dos trabalhadores e de todos os movimentos sociais, que aponte um projeto que contribua para a construção de uma revolução democrática para o Brasil”. 
Para o estudante amapaense, a maior dificuldade é a distância: “Acho que a maior dificuldade sobre o congresso é justamente o deslocamento ao congresso, que normalmente são no Sul e sudeste do país, o que é muito justo, mas sempre damos um jeito de chegar ao congresso, levando a irreverência do povo nortista”.

Roraima

A líder estudantil e militante da UJS, Tatiane Cassiano, que no começo do ano de 2013, foi uma das responsáveis por levar a maior bancada da historia de Roraima, para o congresso da UNE, falou um pouco sobre seu sentimento em relação ao 40º CONUBES, “a expectativa é de um ótimo congresso e esperamos que definamos bandeiras de lutas construtivas para a melhoria da Educação Brasileira”. Sobre a distância, Tatiane disse que “É um grande obstáculo, mas faz com que tenhamos mais vontade de participar”.

Em toda sua existência, a UBES foi presidida por 4 nortistas, são eles: Selma Oliveira Baçal - Amazonas (1985-1986), Leila Márcia - Pará (1991-1992), Marcio Panzera - Pará (1992-1993) e Yann Evanovick - Amazonas (2009-2011).


40º CONUBES

As inscrições de grêmios estudantis e comissões de 10 para o 40º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES, ocorrem até o próximo dia 31/10/2013, o congresso acontece entre os dias 28/11 e 01/12 no estado de Minas Gerais. Qualquer estudante de escolas municipais, estaduais, federais ou particulares podem participar, as informações encontram-se no site da entidade (www.ubes.org.br). Participe, leve suas pautas, contribua com o debate e fortalece o movimento estudantil na sua cidade, no seu estado e no país.

Clique aqui e saiba mais.

“Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética.” Che Guevara



Por Adriano Reis
Ósculos e Amplexos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Eu sou PSDB, vamos conversar?




Claro, Vamos começar pelos assuntos “mal resolvidos”. O Senador Aécio Neves (PSDB-MG), tem incansavelmente convidado a população para uma “conversa” que muito me intriga: Seria ele um típico “sem vergonha” ou apenas um politico que leva ao pé da letra o dito popular: “O povo tem memória curta”? 
É quase utópica a ideia de que um dia o PSDB sentará a mesa para conversar e dialogar com o povo e os movimentos sociais, mas, supondo que esse dia chegue, antes de qualquer conversa ser iniciada, os tucanos deveriam falar sobre todas as vezes que se calaram, se omitiram e se esquivaram das acusações de corrupção. Muitos podem não lembrar ou até mesmo desconhecer a historia recente do nosso país, o fato é que o PSDB foi e é protagonista dos maiores escândalos de corrupção do final do século passado e inicio do século presente. Isso nos rende um leque de assuntos que podemos trazer à roda de “prosa” com os tucanos.

Vamos conversar Brasil à fora sobre a Privataria Tucana comandada pelo ex-Ministro da Saúde, José Serra, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Vamos conversar também sobre os R$ 200 mil que o ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, pagou para cada um dos deputados federais que votaram a favor do projeto de lei de FHC que legalizava a reeleição. Vamos para o sul do país e aproveitemos a boa conversa para falarmos sobre o Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que foi denunciado por sua filha pelo não pagamento de pensão, vale lembrar, que o senador mantém cinco mansões avaliadas em R$ 16 milhões, valor relativamente alto para quem vive apenas da atividade politica. Em São Paulo, podemos ouvir as explicações do PSDB sobre o “Propinoduto tucano”, que durante 20 anos desviou bilhões dos cofres públicos através de licitações das linhas de metrô do estado. O esquema funcionou durante todos os governos do PSDB em São Paulo (Mario Covas, José Serra e atualmente com Geraldo Alckmin).

Para não perder o bom humor tucano, podemos visitar o Amazonas e conversar com o Deputado Estadual Artur Bisneto (PSDB-AM), que em visita a cidade de Fortaleza resolveu mostrar seu órgão reprodutor para duas adolescentes em uma praça publica, não satisfeito, ao ser preso e levado ao distrito policial, resolveu mostrar o “bumbum” para a delegada. Artur Bisneto é filho do ex-Senador pelo PSDB-AM, Artur Neto (aquele que ameaçou “dar uma surra no Lula” dentro do congresso nacional). Atualmente Artur (Pai) é Prefeito de Manaus e em apenas 10 meses de gestão já contabiliza cerca de 10 escândalos em seu mandato (média de 1 por mês), dentre os quais podemos citar: 1- Superfaturamento no aluguel das escolas municipais, 2- Demissão do ex-Subsecretário de educação por denunciar o que chamou de “A Máfia da SEMED” (Deveria ganhar um prêmio por denunciar um esquema de corrupção mas acabou demitido por “falar demais”), 3- Compra de 112.134 gibis da Turma da Mônica ao preço total de R$ 3.517.082,92 (Cada gibi saiu por R$ 31,00 enquanto nas bancas, eles custam R$ 4,50), 4- Construção de paradas de ônibus no valor de R$ 20.000,00 a unidade (enquanto o custo de cada uma é estimado em cerca de R$ 5.500,00) e 5- Agressão a estudantes, aumento do valor da tarifa do transporte coletivo e etc.

Em Minas Gerais, com o Aécio, podemos ouvi-lo sobre os R$ 4,3 Bilhões da saúde que foram parar no “Saneamento”. Ainda no sudeste, podemos aproveitar a oportunidade de dialogar e falar umas poucas e boas para o Governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), a respeito do Massacre de Pinheirinho, no interior de São Paulo (Detalhe, o prefeito da cidade de São José dos Campos, onde se localizada a comunidade de Pinheirinho, é do PSDB). 
Mas nossa conversa, por enquanto, é focada em Roraima. Queremos saber do Governador José de Anchieta Junior (PSDB), como ele conseguiu comprar um terreno da União, medindo 1 milhão de metros quadrados, ao custo de R$ 25 mil, de um garoto de 19 anos que segundo as papeladas adquiriu o terreno com 12 anos de idade? E ainda, com que dinheiro conseguiu construir uma mansão avaliada em R$ 2 milhões?.

O bom de conversar com o nosso querido Anchieta é que temos “prosa” para o ano inteiro, a começar pelas promessas de campanha não cumpridas como o hospital de Rorainópolis, a modernização do Distrito Industrial, o fim do desemprego no estado e a construção de uma clinica para tratamento de pacientes com câncer. Inclusive, podemos conversar enquanto pedalamos pelas ruas “asfaltadas” de Boa Vista, com as bicicletas que o amigo Anchieta distribuiu.

A verdade é que eu não quero e não faço questão de conversar com mais ninguém desse partido. Cansei de ser governado por quem valoriza mais o capital do que as pessoas. 

Por Adriano Reis

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Juntos pelo Retrocesso




Manaus é a 7º maior cidade do Brasil e o 6º maior PIB do País segundo o IBGE e mesmo assim nos comportamos como cidade de interior. Enquanto outras cidades MENORES e MENOS ricas que Manaus se preocupam com coisas como METRO SUBTERRÂNEO, ENERGIA RENOVÁVEL, C&T NAS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, CONSTRUÇÕES DE BAIRROS PLANEJADOS E COISAS DO TIPO, Manaus se preocupa com problemas antigos, problemas que deveriam ter sido sanados a muito tempo como por exemplo a falta de água, a falta de saneamento básico, falta de bairros planejados, falta de energia elétrica, falta de escolas, creches e iluminação publica. E tudo isso porque os amazonenses em sua grande maioria, não sabem votar e nem escolher seus representantes, por isso é que estamos a exatos 32 ANOS SEM PREFEITO, isso mesmo, 32 anos sem prefeito. Faça as contas:
 
   4 anos (Amazonino Armando Mendes 1980-1984)
 +4 anos (Manoel Ribeiro 1984-1988, em 88 foi destituído por Amazonino para Alfredo Assumir)
 +4 anos (Artur Neto 1988-1992) 
 +4 anos (Amazonino Armando Mendes 1992-1996)
 +4 anos (Alfredo Nascimento 1996-2000) 
 +4 anos (Alfredo Nascimento Reeleito 2000-2004 "Ainda teve o carijó tampão em 2004)
 +4 anos (Serafim Corrêa 2004-2008) 
 +4 anos (Amazonino Armando Mendes 2008-2012)
 ____________ Fecha a conta e passa a régua... 
 32 anos de atraso na cidade de Manaus.

Agora todos eles estão juntos, todos os representantes do retrocesso, do atraso e da vergonha Manaura estão juntos para eleger Artur Neto. É a junção mais desastrosa da historia de Manaus, Artur, Amazonino, Alfredo e Serafim e apesar de tudo isso, a cidade parece que continua as margens da politica e insistem em tentar colocar mais um desses trates no poder, e o pior, o candidato Artur Neto além de representar o retrocesso e todo um projeto que destruiu o País na gestão FHC e Artur do PSDB, agora está com o apoio do Pior prefeito do País, DO PAÍS, que é Amazonino Armando Mendes.

Em 1984 o Senhor Manoel Ribeiro foi eleito para governar Manaus e apesar de também ter sido uma péssima gestão, eu ainda o considero melhor que todos esses citados acima porque esse, Manoel Ribeiro, pelo menos construiu praças e parques públicos, tanto que ficou conhecido pelo jargão de Manoel Pracinha. Artur já teve oportunidades no legislativo e no Executivo e em todas as oportunidades, não representou nossos interesses, os interesses da população e do povo amazonense. Nunca prorrogou a Zona Franca de Manaus e em 8 anos de governo, o salario minimo cresceu R$ 10,00 por ano, em média. Espero que Manaus não cometa mais um erro e eleja um representante dessa raça burguesa que representa os empresários e esquece do povo.

Em 2008, nas eleições para Prefeito de Manaus, era tanta gente dizendo que iria votar no Amazonino porque ele era a melhor opção que até esqueceram do seu passado e o elegeram prefeito por 4 anos, inclusive gritavam o apelido do prefeito viajante, "Vai negão", "é negão na cabeça" e entre outros gritos de demonstração de apoio e durante 4 anos, Manaus ficou parada no tempo e eu só vejo a população reclamando da péssima gestão do atual prefeito.

Em 2012, nessas eleições para Prefeito de Manaus, vejo varias pessoas dizendo que irão votar no Artur (Candidato do Amazonino) porque segundo essas pessoas é a Melhor opção para Manaus, estão esquecendo que ele já foi prefeito e do seu passado sujo, se este senhor for eleito, serão mais 4 anos de atraso. Se ele for eleito, farei questão de lembrar cada amigo, cada pessoa que votou por impulso e jogar na cara: "Este cidadão está ai por culpa sua, estamos passando por isso por culpa sua e está assim por culpa sua". O Voto não é uma brincadeira de adolescente, não voto em Vanessa porque gosto dela, voto nela pelo projeto que ela representa. Ver pessoas defendendo essa corja de Amazonino e Artur é tentar apagar um passado negro e sujo. Eu tenho vergonha alheia, sinto pena da minha cidade que está há 24 anos sem prefeito. no Segundo turno votarei novamente Vanessa 65 Prefeita e sei que estou no caminho certo.

EU, não avalio o físico, avalio as propostas, os projetos, os apoiadores e principalmente o histórico do candidato. Vamos a luta!

Adriano Reis

domingo, 29 de janeiro de 2012

MAZELA, a imortal de R$ 0,25






Durante muito tempo eu pensei que para ser um imortal da AAL (Academia Amazonense de Letras), era preciso ser um exímio escritor, com obras de extrema relevância para a literatura, ser uma pessoa culta, cidadã do mundo, ter conduta ilibada e ser antes de tudo, humano. Fiquei triste ao descobrir que na verdade, nada daquilo era necessário, para ser um imortal da AAL, basta se submeter a um processo eleitoral e conseguir a maioria dos votos para ter direito a uma das cadeiras numeradas da Academia. 

Essa semana, uma imortal da AAL, que foi carinhosamente batizada de “Mazela Mourão” por um leitor, publicou na internet um texto racista e xenofóbico contra os Haitianos que estão (ou deveriam estar) recebendo ajuda humanitária do Governo Federal. No blog que a Jornalista Mazé Mourão mantém hospedado na versão online de um jornalzinho impresso que custa R$ 0,25 e tem como principal conteúdo mulher pelada e violência, foi publicado um texto denominado “O Haiti não é aqui” (Clique aqui para ler), cujo conteúdo irei postar abaixo e a cada parágrafo farei meus comentários a respeito do texto sem vergonha dessa Senhora.

O Haiti não é aqui.

Governo Federal autorizou? Pois ‘toma que os filhos são teus’, entende?

Definitivamente, não é no Amazonas. ‘Quem não pode com o pote não pega na rodilha’, já dizia dona Leonor, minha mãe. Se nós não conseguimos diminuir os nossos problemas, que ‘dirá’ de quem chega e toma de assalto esta Manaus de Mil Contrastes! Aliás, a cidade está um verdadeiro contraste de cores, rostos e roupas. Nefredite, minha confiada secretária do lar, fez questão de relembrar um tempo não tão antigo. “Eu cantei a bola ao dizer que, apesar de ainda  serem poucos já faziam uma ‘cobrinha’ bem unida e quando o ônibus parava na ‘parada’ do Zumbi 5, esses estrangeiros pulavam em conjunto, antes da gente, e sentavam, tomando todos os bancos. Não sobrava um lugar, credo! Essa turma afro não é igual ao Enen, não.  Não vaza nem de com borra!”

Creio que essa “Nefredite” seja apenas produto da imaginação dessa infeliz blogueira (nem de jornalista pode ser chamada). Digo isso pelos seguintes fatos: Ao relatar a revolta de sua suposta secretaria moradora do Zumbi 5 (eu nem sei se existe Zumbi 5) ela acabou esquecendo que moramos em Manaus e antes mesmo dos haitianos chegarem aqui, nós, os amazonenses, já tínhamos que disputar lugar na porta do ônibus, pois sempre que os coletivos param nas paradas é um desespero de amazonenses tentando embarcar para conseguir assento. Ande por toda a cidade, principalmente nos terminais de ônibus e você irá se deparar com essa situação. Isso não é falta de educação dos haitianos ou abuso deles, muito pelo contrario, isso é a pouca vergonha do transporte publico que nos é imposta pela Prefeitura de Manaus e sua gestão falida. Se um Haitiano paga o mesmo valor que um Amazonense para utilizar o serviço, é justo que ele queira usufruir de um beneficio, que é o assento. Se sua amiga imaginaria está descontente, aumente o salário dela, peça que se mude para algum condomínio no Tarumã e compre um carrinho estilo Porsche para se locomover, assim ela vai evitar andar em pé em ônibus lotado. Ps.: O correto é ENEM.

Aliás, Nefre também já tinha avisado que eles estão ‘tomando de conta’ até dos empregos nas fábricas do Distrito Industrial dos portadores de necessidades especiais, porque (ela explica!) ‘como não sabem falar a nossa língua, trabalham caladinhos e até passam da hora sem cobrar nada!”

Como empregador, jamais irei contratar um funcionário preguiçoso, sem qualificação e folgado. Os Haitianos são trabalhadores, a maioria tem nível superior ou curso técnico em alguma área e se estão no Distrito Industrial não foi por que o Governo através do SINE arrumou emprego, foi por que eles tiveram seus currículos selecionados em meio a vários currículos de Amazonenses, Paraenses, Maranhenses ou qualquer outro que tenha disputado o processo de seleção com eles. Hoje mesmo na Paróquia de São Geraldo, conversei com um Haitiano formado em Jornalismo e tenho CERTEZA que esse seu texto racista se deve ao medo de perder seu emprego para um Haitiano. Acredite, eu ficaria feliz se isso acontecesse, até voltaria a comprar o Diário do Amazonas.

Tirando os exageros de Nefredite, gente, os haitianos além de se espalharem pelos quatro cantos da cidade ainda são abusados. Impediram uma fotógrafa do DIÁRIO DO AMAZONAS de fotografá-los e um outro pediu dinheiro, caso contrário não dava entrevista. Eu posso, dona Zuzu? Concordo com Omar Aziz: tem mais é que se preocupar com os manauaras, ora, ora, ora.

Tirando seu racismo, ouso dizer que ABUSADOS, são os repórteres do DIARIO DO AMAZONAS, eles tem o pensamento de que podem fazer o que bem entenderem pelo simples fato de os Haitianos estarem pedindo abrigo no País. Se eu estiver me sentindo constrangido por qualquer veiculo de comunicação, darei uma de “abusado” e cobrarei de qualquer repórter para tirar uma foto minha, com toda certeza. Ninguém é obrigado a dar entrevista para jornal algum. Que dirá aos jornaizinhos de R$ 0,25 ora, ora, ora. 

Quando vejo os nossos problemas sociais: crianças amazonenses nos sinais esmolando, monte de pedintes pelos cantos das ruas, mar de camelôs que se forma no centro de Manaus, delegacias lotadas, hospitais sem dar conta de tanto doente, sorry, sorry e sorry, o Haiti definitivamente não é aqui. A pergunta que não quer calar: ‘por que os haitianos não ficam em Tabatinga ou vão povoar outros municípios amazonenses?’. Tenho mais uma que também não cala: ‘Quem ensinou esse caminho de paca, batidinho, batidinho de Manaus para eles, hein?’ Respostas para este blog. Até.

Quantas vezes você como cidadã Amazonense foi até seu computador e redigiu um texto falando sobre os problemas sociais do nosso estado? Já baixou o vidro de seu carro e ofereceu comida para algumas dessas crianças pedintes? Qual seu problema com os Camelôs? Eles estão ali fazendo o trabalho deles, ao contrario de você que está sendo racista quando deveria ser humanista como pessoa e imparcial como "profissional". As delegacias estão lotadas de Brasileiros criminosos. Em dois (2) anos de abrigo político, nenhum Haitiano foi preso, pois são pessoas com bom caráter.

Ao ver seu comentário sobre Tabatinga, percebo que seu medo é esse mesmo, de perder seu emprego para um Haitiano, pois todos sabem que o melhor lugar nesse Estado para essas pessoas ficarem, é Manaus. Tabatinga sim tem razões para reclamar, é um município escasso de trabalho, se os haitianos ficarem lá, como os Amazonenses que moram em Tabatinga irão sobreviver sem trabalho? Em Manaus, eles têm condições de disputarem vagas de emprego com os Amazonenses.

Graças a Deus emprego é o que não falta nesse Estado. Fica desempregado quem quer ou quem tem preguiça. Pensando aqui, não sei por que estou tão surpreso com seu artigo racista, afinal de contas, você tem preconceito com sua própria origem. É uma índia, de cor parda, tentando ser loira e a unica dificuldade que enfrenta na vida é a luta para tentar ficar  "apresentável", fisicamente falando. Isso sim, é uma coisa escrota.


PS: Mazé Mourão fala mal o Português enquanto os Haitianos falam Francês, Crioulo, Espanhol, Inglês e agora o Português. (lembrete do meu amigo Jossimar Ferreira)


Números - (Fonte: Jornal Acritica)


Atualmente, em Manaus, existem 3,6 mil haitianos, sendo 400 mulheres (dentre elas 12 grávidas), 25 crianças desse total 18 recém-nascidas e 3.175 homens, dentre eles dois mil estão trabalhando.


Em Tabatinga, estima-se que exista um pouco mais de mil haitianos no local.



Ósculos e Amplexos
Por  Adriano Reis



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Omar, sua história se repete.







No dia 12 de Janeiro de 2012, completaram-se dois (2) anos que um forte terremoto de magnitude 7 na escala Richter devastou o Haiti, exatamente as 19h53 de Brasília. O epicentro foi a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe.

Pelo menos 200 mil pessoas morreram 300 mil ficaram feridas e 4 mil pessoas foram amputadas. O País conta com cerca de 9,9 milhões de habitantes e desse total, 1 milhão estão desabrigados. O Haiti é o País mais pobre da America Latina e por esta razão sente uma grande dificuldade em conseguir resolver os problemas causados pelo terremoto. Isso fez com que muitos haitianos pedissem visto de entrada no Brasil.

No dia 14 de Janeiro de 2010 o G1 Noticiou essa nota sobre o terremoto:

Porto Príncipe, Capital do Haiti depois do Terremoto
 “A capital, Porto Príncipe, teve vários prédios destruídos. Cadáveres foram enterrados em valas comuns ou pelas próprias famílias. Comida, água e medicamentos escasseiam. Há o temor de que a situação de segurança fuja de controle, com a falta de água e comida estimulando saques. Também já há relato da ação de gangues armadas e de saqueadores. Haitianos desesperados brigam por comida ou tentam deixar o país.”

De todos os países da America do sul, o Brasil é o mais atraente por ser o mais rico. Lendo e ouvindo um pouco sobre os Haitianos, descobrimos que são pessoas boas, que tem um sonho, que é o de reconstruir suas vidas em um novo país, e assim, poder ajudar seus familiares que ficaram no Haiti. Ao contrario do que já li em alguns comentários de leitores de jornais online, os Haitianos se mostram esforçados, trabalhadores e com o animo de mudar de vida, coisa que não vemos em muitos Brasileiros. Comparando algumas situações entre Haitianos e alguns Brasileiros, lembro-me de Mario Quintana, “A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza”.

Haitianos esperando Abrigo na Paroquia do São Geraldo em Manaus
Não é fácil você lutar a vida inteira, tentando construir algo de bom e durante uma noite qualquer, perder tudo o que construiu com seu suor e esforço, perder até mesmo parentes, familiares e pessoas amadas. A dor da perda é grande, tão grande que eu não consigo descrever nessas linhas o que aqueles Haitianos sentiram nos dias que sucederam ao terremoto. Quando perdemos uma namoradinha ou namoradinho, sofremos, choramos e achamos que tudo está perdido. Esses homens e mulheres resolveram não chorar, porque quando se chora o leite derramado, se perde muito tempo e esse tempo perdido é valioso para conseguir recuperar tudo, o quanto antes.

Senti-me orgulhoso em ser Brasileiro quando vi a noticia de que o Brasil tinha aberto as portas para os Haitianos, o começo foi lindo, as pessoas estavam empolgadas, felizes, com o sentimento de solidariedade e agora a realidade é outra. Em Tabatinga há certa intolerância e eu até entendo os motivos dos Tabatinguenses, a cidade é pequena e perigosa (o assedio para entrar no Trafico é grande pela falta de emprego), não existe emprego nem para os Amazonenses nascidos em Tabatinga, o que dirá para os Haitianos. A melhor solução seria trazê-los para Manaus, aqui, eles têm mais condições de conseguirem emprego, até porque, alguns deles têm nível superior, são graduados e podem trabalhar de acordo com suas formações. O grande problema dos haitianos em Manaus é a falta de ajuda da parte do Governo e das Igrejas Evangélicas como a IEADAM (que é a maior do estado) e a Universal (Que é a mais rica). Até agora, só a Igreja Católica está se preocupando e cedendo espaço em suas paróquias, para os haitianos.


História parecida.

No dia 31 de Maio de 1970, um terremoto fez desabar um enorme pico de gelo na cordilheira dos Andes. Em poucos minutos, a cidade de Yungay estava debaixo de uma massa de neve e detritos que desceram a encosta a mais de 300 km/h. Para piorar a situação, as inundações subiram o prejuízo para US$ 530 milhões de dólares.

Esse terremoto devastou grande parte do Peru e fez com que algumas pessoas pedissem abrigo em solo Brasileiro. Em meio a essas pessoas, veio um jovem, filho do Palestino Mohamed e da Brasileira Delfina. Esse jovem teve abrigo, proteção e a oportunidade de estudar em nosso estado. Estudou no Colégio Amazonense Dom Pedro II (Vulgo “Estadual”), na Escola Técnica Federal do Amazonas (atual IFAM) e graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM.

Atualmente, este jovem é Governador do Estado do Amazonas, o maior estado Brasileiro, com mais de 90% de sua floresta preservada e é um estado visado mundialmente pelo seu potencial ecológico, tendo um total de 3,7 milhões de habitantes e sendo sua capital uma das mais ricas da Nação.

Apesar de ter uma historia parecida com a dos Haitianos, o Governador Omar Aziz, quando foi questionado sobre a situação dos haitianos em Manaus respondeu com as seguintes frases:

"eles são muito bem-vindos, mas não espere que o Governo vá arranjar emprego, dar casa e vá alimentá-los"

"O que não posso fazer é agir em detrimento da população do Amazonas. Não é questão de ser ruim ou bom, é questão de ser lógico. Vamos ajudar, mas não dá para jogar para a gente a responsabilidade"

 "Isso não vai acontecer aqui, nem em lugar algum. Pede para o Governo Federal levar tudo para Brasília, porque lá tem vários apartamentos"

Essas foram às respostas do Governador para a situação dos Haitianos em Manaus.

Omar tem sido um bom governante, até o presente momento, mas em se tratando de “ajuda humanitária” está sendo ingrato ao esquecer que esse mesmo Estado, o abrigou, e lhe foi útil em momentos de necessidade, tanto, que hoje ele é uma autoridade reconhecida e escolhida pelo povo, caso contrario teria morrido de fome ou virado estatísticas da ditadura.

Gostaria que o Governador entende-se que se o Governo Federal abriu as portas para os Haitianos entrarem, o Governo Estadual, deve ajudar e correr atrás de recursos para solucionar os problemas dessas pessoas.

Como querem que os haitianos se resolvam aqui em Manaus sem ajuda? São pessoas dignas e que só querem uma oportunidade de começar, assim como o senhor Governador teve. 


Hoje já são quase 5 mil haitianos vivendo no Amazonas, quase todos desempregados e sem local adequado para ficar. 


"Aposto que se fossem de pele branca, o Governo e a maioria das pessoas fariam questão de Ajudar". (Só um pensamento que não reflete a realidade)


Ósculos e Amplexos Fraternos 
Por Adriano Reis